quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Não vamos deixar de ser criança!


Em um seminário que assisti essa semana, uma das seminaristas nos levantou a seguinte questão: Como as crianças reagem em frente a uma dificuldade? O que acontece quando uma brincadeira dá errado? Porque as crianças são tão criativas?
Isso ocorre por que na maioria das vezes, os paradigmas existentes em nossas vidas, os chamados "bloqueios pessoais ou organizacionais" são, por meio de regras, acomodação ou até mesmo o medo de errar e também o medo do vexame, colocados em nossos caminhos como barreiras que acabam nos assustando, nos frustando, e fazendo com que sejamos mais introspectivos, mais fechados. Podemos dizer, então, que o meio em que vivemos é responsável pelas tranformações que passamos. Cultura, crenças, diferenças, amizades, processo educacional.

A criança, ainda com suas idéias e caminhos livres dessas barreiras, agiriam diferente, de forma a não se importar ou até mesmo sem muita sapiencia do que faz. Ela então deixa sua imaginação agir de forma emotiva e não racional, livra-se de todas as "barreiras" que a prende de sonhar e se torna mais criativa.
Quando uma brincadeira dá errado, ela procura fazer melhor, voltar e corrigir o erro, ao dizer: "fracassei, não quero mais brincar!". Ela procura olhar outros meios para fazer com que dê certo. Ela olha amplamente... e isso a torna mais criativa, a torna mais aberta a um leque de opções que poderiam surgir.

Aquela, já comentada, seminarista, nos explicou também que há inúmeras maneiras de se tornar mais criativo. De forma que possamos ousar mais, analisar e adicionar - a partir daí, torna-se uma lúcida transição de pensamentos: emocional e racional andam juntos.
Devemos "desbloquear" esse nosso lado perdido da imaginação, fazer aflorar as idéias e pensamentos, e parar sermos mais criativos, devemos também aproveitar essas idéias, ter senso de humor, dançar, brincar, ouvir músicas (existe coisa melhor que ser criança numa hora dessas?), diferenciar nossos hábitos e rotinas, evitar a padronização, receber novas idéias, buscar soluções, ousar mais, arriscar a dar o primeiro passo e colocar a nossa cara na reta perante as situações, e também aproveitar o "pop" da idéia naquele momento. Esse último é um dos grandes motivos para a criação desse Blog.

O mais engraçado de tudo, foi que ao terminar de publicar essa postagem, li uma mensagem na qual dizia:
"We don't stop playing because we grow old, we grow old because we stop playing."

Por Lucas Ranfer

O poder de um olhar


Não confio nas bocas, acredito no que vejo: sinais que emitem e transmitem informações. Sinais que podem fugir do controle e cuja veracidade é relativa de pessoa para pessoa. Sei saborear um olhar sedutor que intimida, mas também posso tropeçar nos sinais (mal interpretados) que dou e recebo.
O que vale é viver com a consciência de tranquilidade do simples olhar. Sem se importar com que podem sugerir ou demonstrar.


Por Lucas Ranfer